sexta-feira, outubro 30, 2009

Varinha mágica

Há muitos anos a chegada do Circo era uma festa.
Para além do homem do trapézio voador, gostava de ver as mágicas e o palhaço pobre.
Detestava o palhaço rico, cara branca, com luvas e uma pequena carteira. Passava o tempo de actuação a gozar com o palhaço pobre.
A dar-lhe bofetadas de...luva branca. Era embirrante.
O ilusionista tinha o poder de tirar moedas do nariz, das orelhas, dos cabelos, enfim de onde quizesse.
Conveci-me que também eu estava carregado de moedas mas, nunca tive a sorte dele se aproximar de mim; só os que tinham lugar nas cadeiras de pista, os que tinham possibilidade de ali estar (que não precisavam de moedas) tinham essa "sorte".
Não era justo que assim fosse, mas ele nunca foi ter comigo às tábuas da geral...

Há anos apareceu na política não uma varinha, mas um Vara.
Muito se tem falado deste, ao longo dos anos, mas por artes mágicas, o homem foi-se escapulindo.
Agora, consta que por um preço baixo na tabela em vigor, caíu nas malhas da Justiça.
Parece que já foi tarde.
Desta feita a varinha mágica não funcionou...